domingo, 30 de maio de 2010

O que nosso nome diz sobre a gente?

Aqui na França os sobrenomes têm muito mais importância do que no Brasil. Por exemplo, a lista de presença, ou chamada, na escola das crianças é sempre feita pelo sobrenome, não pelo nome. Eu acho super estranho, acho um tratamento formal demais para as crianças, alias, acho formal demais mesmo pros adultos. Sempre quando acabamos de conhecer uma pessoa, e ela não faz parte do seu circulo de amigos e nem tem a sua idade, convém chama-la de de monsieur ou madame sobrenome. Mandar um email para um desconhecido, seja para pedir informações sobre um curso, seja para fazer uma reclamação, obrigatoriamente devemos começar por "Bonjour M. ou Mme. sobrenome". De preferência tenham certeza do sexo da pessoa e não façam como eu e chamem o monsieur que decide quem vai ser admitido na universidade de madame: pode atrapalhar um pouco sua vida.

Mas apesar de mais escondidos e reservados aos intimos, os nomes também têm um grande peso na vida dos franceses. E como em todo lugar do mundo, ter um nome esquisito, ou fora da sua época, pode causar traumas consideraveis. Por causa disso, escolher um nome pode virar um grande problema pra um casal gravido que more ha pouco tempo fora do seu pais de origem. Se eles moram na França e pretendem ficar por aqui um bom tempo, devem pensar bastante no nome da criaturinha, pois mesmo que o nome escolhido esteja super na moda no Brasil, pode ser que aqui ele seja o oh-do-borogodo. Não é questão dos nomes serem feios, mas de serem dificeis de portar na sua época. Quem imagina, por exemplo, um bebê chamado Gertrudes?

O problema é que entre paises, nem sempre a moda é a mesma. Inês, por exemplo, é o nome mais descolado para meninas na França, e no Brasil dificilmente os pais escolheriam esse nome para seu bebê. Para meninos, Augustin é super moderno e, bom, no Brasil... Ao mesmo tempo, alguns nomes que achamos  très chiques, são meio fora de época por aqui. Fernando, por exemplo, é nome de avô na França e seria bem estranho cruzar com uma criança com esse nome. Suzanne também.


Mas sera que as impressões que temos dos nomes são tão diferentes assim da dos franceses? Quando ouvimos um nome, logo associamos a um rosto, uma personalidade, e é normal dizermos "nossa, ele tem uma cara de Bruno!". Mas sera que essas impressões são corretas e podemos adivinhar o nome de uma pessoa so de olhar pra ela? Então estou fazendo um teste. Do lado direito do blog, tem uma foto de uma mulher francesa e do lado esquerdo um homem francês, cada um com 5 opções de nomes. Votem no nome que vocês achem que corresponde mais a pessoa e depois eu dou o resultado.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vida pos-dissertação

U-la-la! Um mês sem postar aqui no bloguinho. Deu até uma sensação estranha de vazio, de não precisar olhar pra ver se tem comentarios. Mas o sacrificio valeu a pena, ja que consegui estudar de verdade e estou quase  terminando a dissertação. Tenho que entregar a versão final dia 15 de junho e depois disso, que du bonheur! Ou em bom português, vai ser so felicidade!

 Acho que nem me preocupo mais com a defesa em si, passei tanto tempo escrevendo, corrigindo, pesquisando fazendo mapas e tabelas, rescrevendo tudo de novo, que 20 minutos de apresentação oral e debate com os professores vira fichinha. Além do mais, a apresentação do ano passado foi tranquila, apesar das criticas.

Ja fiz uma listinha das coisas que quero fazer depois que terminar o mémoire (juro que tenho uma listinha de verdade!) e ela esta ficando cada vez maior. Pessoas pra encontrar, museus para visitar, livros para ler por prazer. Quem bom, assim não corro risco de ficar meio perdida depois que não tiver mais o compromisso de estudar sem parar. Pretendo fazer também o segundo pique-nique do blog, aproveitando que o verão em Paris apareceu de vez.

Nesse mês perdi bons assuntos que eu poderia ter falado aqui no blog, mas daqui pra frente não vou deixar mais escapar nenhum! Estou de volta à blogsfera!
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