Uma das coisas que mais gostei de aprender no meu curso de geopolitica, foi a fazer mapas. Ta certo que tem que ser muito paciente, mas as possibilidades são infinitas e eu acabo sempre me divertindo. O cheri foi mais longe e esta terminando o mestrado de cartografia, então é otimo, porque sempre posso pedir umas dicas pra ele. Navegando na internet, descobri que existe muita gente doida por mapas, de ver paises em mancha de ketchup e mapa mundi em sucrilhos. Exatamente como os religiosos rezam diante de manchas na janela em forma de virgem maria.
Achei um site sobre os mapas mais esdruxulos, interessantes, originais e engraçados. Por exemplo, o mapa mundial feito com sapatos:
Ou ainda, a Europa no formato da Marge Simpson:
Cartões de natal em formatos de paises:
Esse pessoal inventa cada uma... Mas fora as brincadeiras, os mapas de verdade são feitos para informar mais explicitamente o que os textos levariam paginas para conseguir. O objetivo principal de um mapa bem feito é a pessoa olhar pra ele e entender imediatamente o que ele quer dizer. Por isso não adianta tentar dar muitas informações de uma vez so, que vai confundir todo mundo. Existe varias regrinhas de cores e itens indispensaveis, como titulo, escala, fonte e legenda. Mas uma vez que a gente aprende o basico, tudo fica mais facil.
Achei um mapa excelente e super dificil de fazer (nem imagino como) em que o autor consegue cumprir essa regra de percepção imediata com muita eficiência:
Esse é um mapa topografico da criminalidade da cidade de São Francisco. Onde tem mais crimes, a altura é maior. Então a gente sabe imediatamente onde estão concentrados os focos dos diversos delitos e chega rapidamente a conclusão de qual é a parte mais perigosa da cidade. Tão simples e tão claro!
Achei também alguns mapas com dados curiosos sobre a França:
"Consumo de cerveja"
"Pratica de bocha"
Olhando as figuras, da pra ver claramente que o norte da França bebe mais cerveja que o sul, especialmente a fronteira com a Bélgica e com a Alemanha. No segundo mapa a gente nota que no sul a petanque (que é um esporte parecido com a bocha, eu sei, muito sem-graça) é muito popular. E acredite, não so entre os velhinhos!
Acho que no Brasil os jornais ainda não usam muito os mapas para explicar melhor os conflitos ou mesmo so pra esclarecer melhor uma situação. E é uma pena, ja que é um meio muito eficiente de entender e contextualizar os problemas. Aqui na França, os melhores catografos trabalham em jornais e o Le Monde Diplomatique tem fama de fazer os melhores mapas. Tem até um programa de televisão, o Le dessous des cartes, que explica geopolitica através de mapas e narrações muito esclarecedoras. O Brasil bem que podia importar algumas dessas ideias.
Le dessous des cartes - Bombarder l'Iran
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