domingo, 28 de fevereiro de 2010

Pena de morte

Entre os dias 24 e 26 de fevereiro, aconteceu em Geneva o 4° Congresso mundial contra a Pena de Morte. Atualmente, 58 dos 197 paises reconhecidos pela ONU ainda aplicam a pena capital como punição maxima para certo crimes, numero considerado ainda alto para os defensores da abolição da medida. Mas na verdade, apenas cinco paises são responsaveis por 90% de todas as execuções no mundo: China, Irã, Arabia Saudita, Estados Unidos e Paquistão. A China é a grande campeã, com mais de 1.700 mortes em 2008, segundo a Anistia Internacional. Depois vem o Irã, com 346 execuções no mesmo ano.

Os Estados Unidos e o Japão são dois dos poucos paises democraticos a manterem a pena de morte. Apesar de 15 dos 35 estados americanos ja terem proibido a pratica, os outros 20 estados foram responsaveis por 37 mortes em 2008, 18 deles somente no Texas. Portugal foi o primeiro pais europeu a abolir a pena de morte, em 1867 e a França foi a 36° nação do mundo a fazer o mesmo, ja tarde, em 1981. Fiquei chocada quando descobri que o método utilizado pelo franceses era a guilhotina! Pensei que fosse so um aparelho arcaico e barbaro da Revolução Francesa, mas que nada, ele estava na ativa até pouco tempo atras!

No site da associação organizadora do congresso, Juntos contra a Pena de Morte, descobri uma possibilidade muito interessante e quis compartilhar aqui. Alguns condenados à morte dos Estados Unidos estão à procura de um pen pal, alguém com quem trocar cartas. A lista dos detentos e detentas esta aqui, onde alguns deles se apresentam e dizem quais seus interesses, seus hobbies e o que esperam de uma relação pen pal. Quase todos procuram correspondentes e inglês, mas tem alguns que são de origem latina e eu vi um que até fala francês. Alguns deles também falam que se sentem sozinhos, recebem poucas visitas e que poder escrever para alguém seria um escape. O site da uns toques, dizendo que trocar correspondências com um condenado à morte pode ser uma experiência muito marcante, mas é importante a pessoa estar certa se quer fazer isso mesmo, pois abandonar assim de repente não é legal. Outra dica importante é não criticar o tempo todo o sistema juridico americano, porque isso so vai frustrar o preso.

Se alguém se aventurar, volte aqui pra contar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Chopp de sexta II

A galera ta um pouco desanimada pro chopp... Mas eu entendo: esta frio, a bière em Paris é cara, tem um monte de gente viajando, etc, etc. Nada como um bom piquenique no parque, que com certeza vamos organizar de novo logo que o calor der as caras. Bom, algumas pessoas confirmaram por email, facebook e a Marina confirmou aqui no blog. Então, sim, vai ter o nosso chopp!

Um porém quanto ao horario: o cheri disse que às 19h ja é tarde pra conseguir mesa, então eu chegarei às 18h30 (na pontualidade inglesa, não a brasileira!) e peço a quem puder para chegar essa hora também. Bar Sixty Six, rue de Lappe, Bastille. Meu telefone celular é 0647380284.

Até sexta!!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Mães indignas

"Ironia da historia: no momento em que as mulheres ocidentais conseguem se livrar do patriacardo, elas encontram um novo chefe em casa"
Acho que esta é frase que melhor resume o novo livro da feminista francesa Elisabeth Badinter, Le conflit - la femme et la mère (O conflito - a mulher e a mãe). Fraldas lavaveis, amamentação obrigatoria, parto com dor, co-sleeping, volta ao lar, são alguns dos alvos de Badinter. Segundo ela, a "maternidade naturalista", que vem ganhando força na França (e no mundo) nos ultimos anos, é a mais nova forma de opressão às mulheres.

O livro vem sendo alvo de muitas criticas, inclusive de outras feministas que dizem que Badinter esta lutando contra a guerra errada. Como trabalhei durante dois anos como baba aqui na França, pude observar muitas familias de perto e como cada uma lidava com essas questões. Tive a sorte de pegar mães e pais muito gente boa em quase todos os casos e geralmente os pais participavam do cotidiano dos bebês tanto quanto as mães. Em todas as vezes as mães trabalhavam fora e alimentavam seus bebês com leite de latinha, exceto uma, que tirava o leite no trabalho e guardava na geladeira. Os pais davam banho, alimentavam, colocavam pra dormir e dividiam as tarefas domesticas com as mães. Elisabeth Badinter diz que essa igualdade entre o pai e mãe foi conquistada justamente por causa da mamadeira e dos outros avanços da modernidade e que o retorno à maternidade naturalista é um retrocesso na maneira de cuidar do bebê, que o priva do contato com o pai e sobrecarrega a mãe.

Essa nova corrente de feminismo coloca a mulher acima dos homens, dizendo que a feminilidade é uma virtude enorme cuja maternidade é o centro. Somente a mãe sabe das necessidade do bebê, somente a mãe pode dar tudo o que o bebê precisa e o pai deve apenas apoiar a mãe na sua nova função. No livro de Edwige Antier, Confidences de parents, citado na obra de Badinter, diz que o dever do pai depois do nascimento do neném é "reintroduzir a mãe na sua feminilidade (?!), oferecê-la um buquê de flores (?!), tomar conta do bebê para que a jovem mamãe va ao salão de beleza (?!) e dizê-la o quanto ela esta bela (?!)". Alguns detalhes modernos foram acrescentados às ideias conservadoras, como por exemplo, o pai deve assumir todas as tarefas domesticas, para deixar a mãe cuidar do bebê em tempo integral, mas a essência ainda é profundamente tradicional. Alguns livros incentivam às mulheres a ficar com seus bebês 24h por dia durante os três primeiros anos de vida do neném e as estimula a dar de mamar de acordo com a demanda da criança, nada de horarios impostos. Quanto mais mamadas de madrugada, melhor. Bom, quem tem que ficar a disposição de um bebê dessa forma, pode dizer adeus ao emprego, ao lazer e à vida social e conjugal. Alguns depoimentos de mães dizem que elas se sentem devoradas pelos bebês, que elas se sentem uma refeição ambulante, quase como escravas. Amamentar deve ser um prazer, não um sacrificio. E cada vez menos as mulheres têm a chance de escolher, no Brasil ainda mais que na França. Não amamentar por opção é sinônimo de egoismo maternal.

Vender essa ideias como um direito, foi bastante eficaz no processo de volta ao lar das mulheres de paises desenvolvidos (e incluo ai a elite brasileira). Sob o argumento de uma função muito mais importante do que o trabalho, que somente as mulheres têm capacidade suficiente para fazer, elas abriram mão dos poucos direitos conquistados pelas suas mães. Acho que qualquer tipo de diferenciação entre os sexos é uma porta aberta à deterioração das mulheres. Dizer que a mãe cuida melhor do bebê que o pai, é dar mais uma tarefa exclusiva à mulher, é incentivar a desigualdade, é colaborar com as diferenças salariais. "Esse tipo de maternalismo ainda não gerou o matriarcado nem a igualdade dos sexos, mas sim uma regressão da condição feminina. Regressão consentida em nome do amor à sua criança, do sonho da criança perfeita e de uma escolha moralmente superior. Fatores bem mais eficientes do que pressões exteriores. Todo mundo sabe: nada se compara à servidão voluntaria!".

Aproveito para indicar um blog francês que descobri ha um tempo e que ja me rendeu boas risadas. Ele se chama Mauvaises Mères (algo como Péssimas Mães) e vai justamente contra essa corrente de "eu não dou potinhos prontos para meu bebê", mas super bem humorado.


*** Respondendo às críticas: dizer que o bebê precisa exclusivamente da mãe e que ninguém mais pode cumprir esse papel obriga a mulher a ficar em casa, e se ela não fizer, vai trabalhar cheia de culpa. Isso não é bem dar liberdade de escolha, né? Pela minha experiência, o bebê se apega a quem cuida dele e passa mais tempo com ele, seja la quem for. Entendo que as mães queiram aproveitar esses momentos, que são maravilhosos, mas ela deve saber que seu bebê não ficara infeliz sem ela ou tera qualquer problema de desenvolvimento se ela não estiver presente o tempo todo, como pregam os "aiatolas da maternidade". Por que o pai também não pode cumprir essa função?

O livro da Elisabeth Badinter é muitissimo complexo e não pode ser simplificado em "ela é contra as mães que largam seus empregos". Se meu texto deu essa impressão, ela é falsa. Mas comentem, mesmo se vocês discordem completamente, vamos enriquecer o debate!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Chopp de sexta

Então pessoal, tô confirmando o nosso encontro dessa sexta, dia 26 de fevereiro. Eu queria fazer aqui em Porte Dorée mesmo, mas além de ser mais caro e menos animado, ainda corremos o risco de topar com uma bandinha de rock de qualidade duvidosa que às vezes toca aqui no pub às sextas. Decidi fazer na Bastille, no bar 66 - Sixty Six que fica no numero 8 da Rue de Lappe. O happy hour vai até as 22h (apesar do site dizer 20h30) e durante esse periodo a cerveja de 500 ml e todos os coqueteis custam 4,50 euros.

O melhor é todo mundo chegar 19h, pois é dificil conseguir pegar uma mesa grande, ainda mais se ainda tiver pouca gente. Queria que vocês confirmassem a presença, pra gente ver mais ou menos quantas pessoas vão poder ir. Vamos la pessoal, vamos espantar esse frio e conhecer muita gente bacana!

Até sexta!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Jogos Olimpicos 2010

Como na França não tem carnaval (fora uma farrinha no domingo) arranjei outra coisa pra fazer e fiquei assistindo os Jogos Olimpicos de inverno na televisão. Viciei. Pena que o horario é ruim e eu acabo dormindo da metade da programação, mas na manhã seguinte eles passam tudo de novo. O mais interessante é descobrir esportes novos, que nunca tinha ouvido falar! Tem o tal do curling, que é tipo uma bocha no gelo, muito engraçado. Mas a partida demora 2h30, dai enjoa. Meus preferidos estão sendo os classicos da neve mesmo: esqui e snowboard. O biathon também é interessante: são duas provas combinadas, uma de esqui e outra de tiro, cada uma quatro vezes. Quando se erra um tiro é punido com alguns segundos perdidos no esqui.

Pena que não tem muitos brasileiros pra torcer (eles são cinco, e não muito bem colocados), dai eu acabo torcendo pros franceses mesmo. A França esta surpreendendo nas medalhas esse ano. Eles esperavam umas dez medalhas, mas em quatro dias de campeonato - que dura duas semanas -, ja têm sete! Os tombos também são espetaculares, as vezes a pessoa sai rolando montanha abaixo e a gente so fica torcendo pra ela se mexer novamente. Houve uma morte na modalidade luge, o georgiano saiu da pista e bateu com a cabeça numa pilastra, tragico. Mas nem foi durante a competição, foi nos treinos.

Esse ano teve o primeiro casal de negros na patinagem artistica e eles são franceses. A coreografia foi perfeita, sem erros, mas eles acabaram em 15° lugar. A plateia pareceu particurlamente empolgada com Vanessa James e Yannick Bonheur, mas eles estavam longe de ser os favoritos. Não entendo os critérios dos juizes, pra mim todos são tão bons que eu não conseguiria dizer quem fez melhor. Na década de 90 surgiu a primeira patinadora negra de nivel olimpico, a francesa Surya Bonaly. Nas olimpiadas de 94, depois de um programa impecavel, ela ficou em segundo lugar e se recusou a ir receber a medalha. Acabou indo, mas a arrancou do pescoço assim que possivel e acusou os juizes de racismo. Ouvi dizer que todos os juizes deram notas excelentes, exceto um, que deu uma nota muito abaixo da média e ele era um sul-africano branco, pais que tinha acabado de se livrar do apartheid. Mas não consegui confirmar essa historia. Na ultima competição de sua carreira, Surya deu uma pirueta pra tras, o que é proibido no esporte, como uma forma de desafiar os juizes que, segundo ela, tanto a prejudicaram.

____________

Esta confirmado o chopp pra sexta, dia 26! Anotem nas agendas. No proximo post vou relembrar e dar os detalhes.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Seja você mesmo... No exército!

Quem esta em Paris deve ter percebido a nova campanha publicitaria do exército:  "Devenez vous même.com", algo como "Torne-se você mesmo.com". A primeira vista é até dificil saber exatamente o que a publicidade esta vendendo, na verdade parece um novo jogo de video game. Visual moderno, "cool", brincando com o conceito da camuflagem, mas de forma descolada, enfim, falando bem a lingua dos jovens. O exército francês é o maior empregador do pais e a cada ano oferece até 15 mil vagas. O problema é que nos ultimos anos, os jovens parecem ter debandado. A Legião Estrangeira, que acolhe estrangeiros que queiram lutar pela França, não passa pela mesma escassez: existe cerca de oito postulantes por vaga (7.500 soldados no total), diferente do armée de terre, que nos ultimos anos chegou a ter um candidato por vaga (127 mil soldados no total). Mas segundo o general francês Elrick Irastorza, no ano passado haviam 2,2 candidatos por vaga.

Pensando em uma nova estratégia para atrair os jovens, a nova campanha conta com uma artilharia pesada. Em toda a França são 18 mil cartazes, 1.350 spots de televisão em 24 canais diferentes (um quinto deles em territorios franceses fora da Europa, como Martinica, Reunião, etc., que são grandes provedores de soldados), 1.400 radios, 2 mil salas de cinema  e diversos jornais. Mas a grande inovação desse ano são as publicidades dentro de jogos de video games. O assunto ja deu muita polêmica nos Estados Unidos, que usa jogos de guerra para incitar jovens a se inscrever no serviço militar. A França conhece muito bem o povo que tem e sabe que não pode fazer uma coisa dessas, então se limitou a jogos de corrida, tênis, basquete, futebol. Mesmo assim é discutivel.

O site do exército é parte da campanha e faz de tudo para chamar atenção dos adolescentes. Na primeira pagina são apresentados depoimentos reais de pessoas bem-sucedidas na carreira militar. Muitos dizem que quando jovens estavam perdidos, não sabiam o que fazer, dai entraram no exército e sua vida mudou completamente. A ideia de auto-conhecimento e satisfação pessoal sempre foi e continua sendo um argumento forte para atrair jovens para o serviço militar. Ora, apontar o caminho supostamente certo para os adolescentes pedidos (ou seja, todos) é uma tatica eficaz. Tem também a parte em que falam que o serviço militar não é pra qualquer um, que é preciso ser uma pessoa forte fisicamente e psicologicamente, que so os bons conseguem. Também é uma otima isca para jovens que estão à procura de reconhecimento.

O problema é que o cara se inscreve pensando em toda essa vida de gloria, reconhecimento, grandeza autruismo e quando se da conta esta numa cidadezinha no Iraque, explodindo casas de inocentes, vendo crianças morrerem, sendo alvo de rebeldes. Nada parecido com o video game. E depois quando voltam para casa esperando o tal do reconhecimento, metade da população olha pra ele com cara de nojo e o acusa de compactuar com a maldade do mundo. Sera que ai ele pode processar o exército por propaganda enganosa?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Novo visual do blog

Vocês devem ter percebido que a aparência da Porte Dorée mudou. Pois é, eu ja estava meio de saco cheio das cores antigas, tudo simples demais. Tem gente que prefere a simplicidade mesmo, quanto menos coisas melhor, pois não polui muito. Mas poxa, o meu estava num relaxamento completo, eu nem tinha um cabeçalho! :)

Admito que tomei varias surras do blogger, mas minha amiga Bela, uma artista do design, me ajudou a montar o novo bloguinho. Tinha medo de perder posts, de apagar comentarios, de mandar os seguidores pro espaço!, mas dai descobri que da pra fazer um backup de todo o conteudo do blog: recomendo. Estou pensando também em colocar aquelas letrinhas pra validar os comentarios, ja que tenho recebido muitos comentarios piratas, de propaganda, cheios de codigos, um saco.

Digam o que vocês acharam do novo visu! E vamos agitar esse encontro! Não respondi aos comentarios, mas estou atenta.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Segundo encontro da Porte Dorée

No fim de setembro fizemos um piquenique aqui no Bois de Vincennes e foi otimo! Na verdade, o sucesso do encontro foi uma excelente surpresa, pois veio muita gente e todo mundo era muito legal. Ficou com gostinho de quero mais, so que o verão acabou e levou junto a temporada de piqueniques. Mas ora bolas, por que esperar pelo calor de novo se a gente pode afogar as magoas do inverno dentro de um bar quentinho? Vamos xingar a neve, falar mal da temperatura e reclamar como a vida tem sido dificil nos ultimos meses, exatamente como os franceses! Então é isso, o proximo encontro da Porte Dorée vai ser uma happy hour num pub aqui perto, sexta-feira, dia 26 de fevereiro. Vai sair um pouco mais caro que o piquenique, mas vai valer a pena encontrar essa galera novamente e conhecer aqueles que não puderam ir no outro ou que chegaram no blog depois. Estão todos convidados!

Comentem dizendo quem vem e se o dia esta bom pra vocês. Nada é definitivo, mandem sugestões! Animem-se!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Top 10 - O que o turista não deve fazer em Paris

10- Comprar perfumes
Foi-se o tempo que a gente precisava viajar pra Europa para pode comprar perfumes e cosméticos. 97% do que tem na França, tem no Brasil, e muito mais barato. Não vale a pena gastar dinheiro aqui com isso, guarde para os chocolates, esses sim são bem melhores do que na terrinha! Então quando você anunciar pra familia e amigos sua viagem à França e eles começarem a fazer a listinha de perfumes favoritos, avise logo que na esquina da casa deles tem o mesmo produto e bem mais em conta. Ou se você quiser impressionar, compre tudo no freeshop do aeroporto brasileiro e engane todo mundo.

9- Falar grosserias em português
Ja ouvi tantos brasileiros nas ruas de Paris falando besteira e achando que ninguém entendia que achei que valia a pena colocar essa dica aqui. Primeiro, aqui tem muitissimos brasileiros e eles não vão puxar papo com outros brasileiros so porque ouviram uma lingua familiar. Então aquela pessoa do seu lado do metrô pode estar entendendo toda sua conversa, mas achou melhor não se intrometer so pra dizer "Ei, eu também sou brasileiro!". Segundo, aqui também tem muitos portugueses, africanos e franceses que falam português, que acreditem, são bem mais do que a gente pensa!

8- Levar lembrancinhas pra todo mundo
Poxa, Paris é uma cidade cara. Cada lembrancinha comprada tem um peso importante não so no bolso do turista, mas na mala também! Além do mais, lembrancinha por lembrancinha, ninguém liga muito mesmo, dai o presente acaba esquecido na estante e você deixou de comer naquele restaurante mais legal. Se for pra levar alguma coisa, que leve algo significante para a pessoa, senão é dinheiro gasto à toa.

7- Pegar metrô sempre
Ta certo que metrô é a forma mais facil e rapida de se locomover em Paris, mas se você ta turistando, pra que tanta pressa? Os ônibus de Paris também são muito eficientes, custam o mesmo preço (e a gente ainda pode usar durante 1h30 o mesmo bilhete, desde que não seja a volta da mesma linha) e ainda nos da a oportunidade de apreciar a vista. As vezes quando eu viajo pra um lugar novo e fico cansada de andar, pego um ônibus qualquer e vou olhando a paisagem. Eh um jeito barato e pratico de fazer turismo. Não recomendo taxis, que são super caros e bem dificeis de encontrar aqui na cidade luz.

6- Pensar em real
Pisou na França? Esqueça seus reais, senão você corre o sério risco de endoidecer.  Não faça as contas pra saber quanto vai custar o almoço no restaurante ou o cafezinho na sua moeda, porque você vai se assustar. Não adianta nada sofrer pensando que seu chopp custa mais de 15 reais. Como diz aquele ditado: ta no inferno? Abraça o capeta! Se você decidiu passar uns dias em Paris, ja sabia que era caro, então separe uma quantia diaria de euros para gastar e pronto, não converta!

5- Perguntar para um francês se ele toma banho
Não é porque você esta de férias, se sentindo livre e feliz num lugar novo, achando que é a mais extrovertida das pessoas, que num momento de descontração você tem o direito de perguntar para um francês se ele toma banho. Primeiro que ele corre o risco de não entender. "Como assim se eu tomo banho? Ué, todo mundo não toma banho?". E se você se der o trabalho de explicar toda a historia, pode até ser que ele ache engraçado, mas la no fundinho provavelmente vai se sentir ofendido. Você não se sentiria?

4- Trazer muita bagagem
Vou contar um segredo. Os franceses, de maneira geral, ligam bem menos para moda do que os brasileiros. Aqui eles misturam cores nada a ver, usam all star em tempo integral e, pasmem, repetem roupas! Então não adianta muito entupir a mala com seus 15 pares de sapatos, se os proprios franceses usam o mesmo todo dia, e o mais confortavel possivel. Calça jeans, duas da pra viagem inteira (independentemente de quantos dias você pretende ficar). No verão umas blusinhas e um casaco; no inverno, um casaco e um casacão. Pronto, você esta pronta para Pari! Se quiser mudar de visual nas fotos, vai de Photoshop que é mais pratico.

3- Ir a restaurantes caros
Quer dizer, você pode gastar seu dinheiro onde quiser, mas evite os restaurantes turisticos: eles são caros demais para o prazer que proporcionam. Em Paris existem excelentes restaurantes, com preços em conta e com muita fartura. O quartier de Montparnasse é um dos lugares onde se pode encontra-los. A melhor coisa é perguntar para as pessoas que moram por aqui, elas sempre conhecem um lugarzinho secreto. O que não da é pra ir num restaurante super turistico e voltar pra Brasil dizendo que na França de come mal, que a refeição é cara e em porções de passarinho. Basta saber procurar.

2- Tentar falar inglês com o jornaleiro
No Brasil, o jornaleiro fala inglês? Então por que na França ele falaria? O mesmo vale para o funcionario do metrô, o garçon, o vendedor de crepes, etc. Se você não fala francês, o melhor mesmo é pedir informações para os transeuntes, pois você tera bem mais chances de cair em alguém que possa te ajudar. Além do mais, os jornaleiros ja estão tão cansados de dar informações, que pode te dar uma patada.

1- Fazer passeios que não te interessam
Se você detesta museus (como eu) pra que perder tempo entrando em todos eles so pra dizer que entrou? Se você nunca teve curiosidade em visitar a Disney e não curte brinquedos que te sacodem, pra que gastar 50 euros no ticket da EuroDisney so pra ter uma foto sua abraçando o Mickey? Se sua viagem foi programada para relaxar, dar um tempo da vida corrida, não tem muito sentido em acordar todos os dias às 6h da manhã pra poder conhecer absolutamente TUDO que Paris tem a oferecer. Pense um pouco mais no que você quer fazer, do que o que os outros querem que você faça. Até porque, quando voltar, ninguém vai ter paciência de ver suas fotos mesmo.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...