quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Contando historias

Eu sempre fui melhor me exprimindo por escrito do que falando. Se tenho uma super historia pra contar e decido fazer oralmente, minha super historia perde o pé, a cabeça e principalmente a graça, depois que eu, sem querer, contar como ela termina logo na primeira frase. Não que eu domine a arte de contar historias por escrito, mas pelo menos acho que me esforço mais. Piadas então, sou péssima. A forma mais eficaz de eu fazer as pessoas rirem das minhas piadas, é ter uma crise de riso no meio do processo e não conseguir contar o fim. Dai todo mundo ri por contagio mesmo. Mais simples, não?

O meu problema é que tendo a resumir demais as coisas: não é importante? Tiro. Não é essencial? Corto. Dai minha historia (ou pior, minha piada) fica mais parecendo um artigo de jornal. Eh que tenho trauma de gente que funciona nos detalhes. Quem nunca ouviu uma amiga contar: "Então eu fui jantar com aquele cara maravilhoso. Estava na metade da minha lasanha quando ele olhou nos meus olhos e...", nesse momento ela para, coloca o indicador na boca, franze as sombrancelhas e diz: "Não, minto. Eu estava comendo frango grelhado naquele dia, eu acho". Ei, amiga? Foco! Pior que ela não vai te contar o que aconteceu com o bonitão enquanto não lembrar exatamente o que comeu naquela noite.

Bom, eu tiro esses detalhes mesmo escrevendo. Porque tem coisas que são interessantes pra gente lembrar, mas na hora de contar uma historia pra alguém, não é interessante saber se você saiu de casa às 9 ou às 11h. Mas é verdade que escrevendo a gente tem tempo de rever todos esses detalhes, e falando não. Então eu, na duvida, saio cortando tudo sem moderação e minha historia murcha. Por isso admiro muitissimo as pessoas que sabem falar bem e mais ainda, aquelas que sabem ser engraçadas. Gente, tem que ser muito guerreiro pra fazer um daqueles stand up shows - é você la, sozinho, centro das atenções,  na obrigação de atender a expectativa do publico e fazer dezenas de pessoas rirem, sem qualquer recurso! São meus herois.

Dito isso, deixo aqui o video do Rafinha Bastos (que provavelmente vocês ja conhecem), alguém que realmente sabe contar uma historia.


4 comentários:

Luciana Nepomuceno disse...

Baby, eu realmente curto como você estrutura seu blog, a forma como os temas se intercalam e se enriquecem mutuamente e talz. Depois da bela puxada, vem momento empatia: eu sou um terror contando piada, contando história, escrevendo história, pronto, ponto. Não ficou pra mim. Gosto de ler, serve?
Ainda assim, quero um encontro ara contarmos mal nossas aventuras, oui? Bjs

Beatriz disse...

Amanda
Hilário!!!
Aliás, também sou péssima para contar uma história falada, de qualquer tipo! Tanto que resolvi usar minha habilidade escrita para contar fatos e histórias em um jornal de meio ambiente há alguns anos...coisas de uma bióloga errante...
Beijinhos
Bia
www.biaviagemambiental.blogspot.com

disse...

Muito bom o video! E a moral da historia também.

Eu sou a coisa mais sem graça contando alguma historia.

Anônimo disse...

Você escreve muito bem.

Mas a expressão "dar um chute no rosto de uma criança" é chocante.
Mesmo que seja uma analogia, metafora ou seja lá o que for.
Viviane Santana

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