quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dias de ocio

Tenho um problema sério: não sei o que fazer com tempo livre. Não digo fim de semana, que sempre tem uma coisinha programada, uns amigos pra visitar ou estamos tão cansados que nem pensamos em sair de casa. Estou falando de dias e dias sem nada pra fazer, tipo férias tiradas numa época ruim, quando justamente todo mundo que você conhece esta super ocupado. Nessas ultimas três semanas eu fiquei entediada. Quer dizer, na primeira encontrei um monte de gente, cada uma num dia diferente e tive a impressão de fazer algo legal. Na segunda semana, todos os meus encontros foram cancelados, impressionante. Até alguns trabalhos de baby-sitting. E na terceira eu tinha que me preparar pra defesa da minha dissertação (que alias, apresentei hoje e consegui passar pro segundo ano). Mas dai percebi que não tinha la muita coisa pra preparar (e não usei nada do que preparei porque não pude usar o projetor). Então fiquei entediada a maior parte do tempo.

Nossa, durante o ano, tudo o que eu queria era ficar entediada! Eu tinha tanta coisa pra fazer, tanto trabalho, tanta dissertação, que sonhava com algumas horinhas de ocio total e despreocupado. O cheri acabou a dissertação dele em junho e teve umas boas semanas de férias enquanto eu me descabelava. Eu olhava pra ele com uma inveja, tirando um cochilinho depois do almoço. So que ele, sim, sabe desfrutar do seu tempo livre. Sabe o que ele fez no dia em que apresentou o trabalho final? Voltou pra casa com seis livros sobre economia e geografia, pra ler assim, por lazer.

Eu vim de um lugar onde eu era uma ET por ler literatura como lazer. Pra mim isso sempre foi o cumulo da esquisitice. Mas não, cheri estuda economia por lazer. Sei la, sempre fui acostumada a aprender alguma coisa so em ultima hipotese, quando corria o risco de tirar nota baixa, por exemplo. Desconfio dessa coisa de aprender assim, nas horas de folga. Incredula, mas aberta à novas "culturas", até tentei seguir o exemplo e peguei 3 livros sobre jornalismo, até bem interessantes, mas que ficaram sentadinhos na prateleira durantes essas três semanas.

E o que eu fiz durante esse tempo? Nada! Até pensei que quando eu tivesse mais tempo, iria escrever mais frequentemente no blog, mas nem isso tive forças pra fazer. Acho que até diminui frequência em vez de aumentar. Isso me leva a admitir o meu pior defeito, como bem diz meu pai: a preguiça. Se eu não for obrigada a fazer uma coisa, eu simplesmente não faço, nem que essa coisa seja me divertir. Mas agora o ano começou de novo e eu posso me despreocupar do que fazer do meu tempo livre, ja que esse é um problema que não vou ter o prazer de reclamar de novo.

3 comentários:

Unknown disse...

Vc ta em Paris e nao sabe o que fazer? "Deus dá bolachas para quem nao tem dentes."
Feliz ano novo ateu pra vc!
Que tal frequentar restaurantes e locais e dar notas e opinioes?

Mari disse...

Putz Amanda, compartilho em partes do teu sentimento de tédio... Ao mesmo tempo que sempre tenho o que fazer por causa do bebê, tenho uma sensação constante de...ausência de urgência, sabe? tanta coisa urgente para encaminhar, escrever, enviar, etc até uma semana atras e de repente.. naaadaaaa. Mas eu nem tive tempo de curtir esse sentimento. hoje recebi um email da universidade me pedindo um projeto de pesquisa para este ano letivo, urgente! bem feito pra mim, né??
ai ai... a eterna insatisfação humana!!! hehehe
bjuus!

Anônimo disse...

Hoje, conversei com meu marido sobre a minha disposição para sair das minhas férias! Voltar a atividade lucrativa...Um dia eu tive a mesma conversa, mas defendendo esse tempo q tenho agora!Parece estar simples e organizadinho falando assim, não?Mentira. O desasselerar e o reasselerar tem cada um a sua dor, e eu juro que sei como fazer a coisa dessa vez, para não passar outra vez pelo limbo que vc descreveu, vâmo vê!!!Bj

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